sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Revolta, o Mínimo e Hipocrisia.

        Revolta enche meu peito. Como lama tóxica, me afoga e me espreita. Como pode estar tudo tão errado? Como nós, seres humanos, nos deixamos chegar a este ponto? Como pode, uma espécie tão egoísta não conseguir se ver como uma unidade, e se deixar destruir achando que não está destruindo a si mesma? Como pode ser tão comum deixar a ambição ser maior que a razão? São essas questões que enchem meu peito de revolta. Suas respostas não me agradam nem um pouco, e parar para pensar nisso é revolta, decepção, frustração na certa. É muito mais cômodo ficar completamente NUMB e virar cúmplice de tudo que deve mudar e nunca muda.
         Ultimamente esta revolta está tão intensa em mim que é quase insuportável ficar quieta. Quero gritar pro mundo que ele está errado. Quero gritar pras pessoas que elas são só mais um metal pesado nessa lameira toda em que nos atolamos. E o pior? Eu sei que sou cúmplice disso tudo, pois nem o Mínimo eu faço. O Mínimo, para mim, é aquilo que todos deviam fazer. Mudanças simples de hábito que, em larga escala, resultariam numa imensa melhora ambiental e social, assim como, a longo prazo, possivelmente numa melhora econômica (em âmbito global).
        O Mínimo pode ser dividido em duas partes: a parte prática, com atitudes que tomamos no dia a dia, e a parte a ser internalizada, que envolve assumir seus preconceitos e seu machismo, e trabalhar estes aspectos, gerando aceitação e tolerância. Envolve também se desprender das aparências, da futilidade e dos estereótipos. Dentre o Mínimo prático, inclui-se abster-se de carne (sim, TODA carne. E sim, peixe É carne.), separar lixo reciclável do orgânico (e se possível, utilizar o orgânico), racionar energia elétrica e água, e evitar produtos industrializados, optando pelos naturais sempre que possível.
        Se pararmos para pensar, são atitudes muito simples. Pequenos hábitos a serem mudados, que certamente melhorariam a saúde, o emocional e o financeiro de quem os mudassem. Mesmo sabendo dos benefícios individuais e sociais que estas mudanças trariam, poucos mudam. E eu me pergunto... por quê?

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