20/03/2020
Que coisa é doida, né? A gente meio que não acredita. Vê a situação se desenrolar em frente aos nossos olhos, mas se nega a acreditar no que os dados afirmam. O novo coronavirus surgiu no final do ano passado, vimos milhares de pessoas morrerem na China, no Oriente Médio, na Europa, e acreditamos que estava tudo bem, como se brasileiro fosse imune à doença. Tivemos o privilégio de ter carnaval este ano, e foi um privilégio mesmo, pois na velocidade que esse vírus se propaga, e na quantidade de turistas que o Brasil recebe no verão, tudo indicava que sucumbiríamos antes. Mais de 4000 mortes na Itália. Mais de 3000 na China, e mais de 10000 mortes no mundo. E o Brasil viajando na batatinha (ou seria laranjinha), dizendo que o vírus era fantasia, ao invés de começar a estocar testes e se preparar de fato para a doença que todos os dados e fatos indicavam que chegaria em breve. Agora, não temos mais testes, e só casos graves que necessitam internação serão testados. Isso provavelmente quer dizer que os mais de 900 casos que temos registrados são em grande maioria casos graves. Tenho amigos e conhecidos de amigos com sintomas do covid19, muitos relatos angustiantes. Desses relatos, somente uma idosa que está internada conseguiu o teste, e ainda com muito apelo da família. É um descaso enorme, a própria OMS já anunciou que é importante testar todos os casos suspeitos. Para nosso governo é claro que é muito conveniente, pois os números oficiais ficam bem menores que os reais. Complicado e assustador, na verdade.
Brasil está com 11 mortes, por hora, mas muitos idosos internados com a doença. E ainda tem gente que não acordou!! Ainda tem gente que não liberou os funcionários! Ainda tem gente mais preocupado com o capital e prejuízo do que com a vida das pessoas!! Eu sei, infelizmente precisamos de dinheiro para viver, mas com essa pandemia, estamos num momento de fazer sacrifícios. Fechar as portas, liberar os funcionários, cuidar da própria casa e da própria comida, orientar a todos a se manterem em isolamento, e esperar.
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