quarta-feira, 21 de julho de 2010
The Void
Ela já não sabia como se sentia. Não era desespero. Não era dor. Era nada. Era um vazio que se alimentava de vestígios de sentimentos mal sentidos. Um vazio que crescia a cada instante. Um vazio inacabável.
Então ela dormiu. Acordou vagamente melhor, e esperou por uns minutos que tudo melhorasse, que esse sentimento inexistente, vazio, passasse. Mal sabia ela que não é assim tão fácil. Mal sabia ela.
Porém o inesperado aconteceu. Com vagos pensamentos e singelas inexpressões o vazio foi se enchendo, e aos poucos se preenchendo, até que no negro do nada, cores, paisagens e felicidades se instalaram, brilharam. A luz iluminou o não mais nada, o não mais vago, e de felicidade seu vazio se encheu, passando então a ser cheio.
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