quarta-feira, 8 de outubro de 2008

10 minutos da Revolução Francesa



Silêncio total. Os únicos sons existentes eram a respiração apreensiva do povo e os passos incertos daquele que, há tão pouco tempo, fora rei.
Ruas sujas, dia sombrio. Com um capuz preto sobre seu rosto, andava aos tropeços pelas ruas desregulares, aquelas em que nunca havia pisado. Por sinal, aquelas mesmas ruas que tanto desprezara no auge de sua arrogância e de seu poder.
Passara os últimos dias preso, esperando por seu julgamento. Agora, considerado culpado, ia à guilhotina.
Um homem corpulento ia ao seu lado, empurrando-o entre aquela multidão incrédula.
O tempo parecia não correr. Sentia que a cada passo sua vida se desfazia. Uma vida tão luxuosa, tão rica e sempre tão arrogante, agora estava a se dispersar.
Finalmente a guilhotina. Obrigaram-no a ajoelhar-se perante a Morte, obrigaram-no a posicionar-se desajeitadamente na guilhotina. Fedia, tanto a guilhotina como ele mesmo. Um cheiro que havia sentido muito nos últimos dias(ou seriam semanas, meses...?). Cheiro de morte, de podridão.

A hora chegara. A qualquer instante aquela lâmina separaria sua cabeça de seu corpo.
O frio da lâmina mal tocou sua nuca e percebeu o sangue jorrando, aquecendo seus últimos segundos de vida. Logo em seguida, já sem entender nada, sua cabeça foi levantada, exposta ao povo. A última coisa que percebeu foram rugidos de alegria.

Adaptação da narração que o professor Vínicius nos contou sobre e Revolução Francesa.
Pensei em postar junto a parte do jogo do Corinthians na última Libertadores, mas resolvi ser legal por hoje.

2 comentários:

  1. Gostei! Muito curto, porém... Bem que podia lançar uma versão completa, com o rei na cadeia =D!

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  2. Bom texto! Sempre gostei da revolução francesa... =D

    (Caio e suas idéias idiotas ¬¬ hahaha)

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