Hoje, finalmente consigo dizer que não como mais carcaças. 3
semanas me preparando, não psicologicamente, mas logisticamente. No dia da epifania
eu tinha um freezer cheio de corpos. 2kg de peito de galinhas, 500g de picanha,
400g de coxão mole, 1 caixa de hambúrgueres, 2 caixas de nuggets, 1 pacote de
salsicha, 3 linguiças calabresa. No vegetables, though... Coisas o bastante
para sobreviver o resto do mês, obviamente não de forma saudável. Comi nesses
dias corpinhos de animais – coitados, sofreram tanto - como comi nos últimos
anos. Mas nestas semanas, diferente de antes da epifania, senti dor em cada um
deles. Perdi o apetite inúmeras vezes, senti nojo. Nojo de mim mesma, me
forçando a comer carcaças, como que me despedindo desse hábito macabro. Nojo da
indústria da carne, que “nos faz” engolir morte e destruição como se fosse ok, uma
coisa essencial em nossas vidas. Não, não é ok.
Claro que o plano, a longo prazo, é abolir ovos e laticínios
também, porém decidi não cortar tudo de uma só vez pois preciso me adaptar. Como
eu sou daquelas que, se bobear, não come nada (ou come muito mal - mês passado
vivi por 3 dias comendo só tapioca com queijo. Não recomendo), hoje estou
elaborando um cardápio para os próximos dias. Para me ajudar a me alimentar
adequadamente, vou ao mercado e, ao invés de comprar de tudo e ver um monte de
coisa estragar (como eu costumava fazer), resolvi comprar só o que eu pretendo
usar nos próximos dias, economizando e evitando desperdício.
Pelas coisas que escolhi, percebi que vou comer muito melhor.
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