quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Diário Vegetariano: 3 - Freedom Burguer

            Semana passada eu fiz hambúrgueres deliciosos de lentilha. Me surpreenderam! Textura incrível, e super saborosos. Foram simples (e baratíssimos) de fazer! Amei. A lentilha precisava ficar desmanchando, mas como optei por não usar panela de pressão, nunca chegava no ponto (horas no fogo!!), e cansei. Quando já estava bem cozida, mas ainda firme, desliguei o fogo e bati um pouco com o mixer. Virou um creme bem denso e grosso. Deixei esfriar. Depois de frio, juntei cebola picada, salsinha picada, cominho, pimenta do reino, mostarda, gengibre ralado espremido (só o líquido), shoyo e sal. Misturei bem e adicionei farinha de rosca até dar ponto para manusear e moldar os hambúrgueres. Moldei tudo, sempre umedecendo as mãos, e deixei no congelador até que ficassem firmes e eu pudesse embalar um a um, para então congelar. Cozinhei 500g de lentilha, mas congelei também uma parte sem tempero pra outra hora. Acho que usei uns 300g. 300g de lentilha renderam uns 25 hambúrgueres! Os que fritei antes de congelar foram sucesso absoluto, porém ontem tentei fritar um congelado e não deu muito certo, ele se desfez. Mas continuou gostoso! Hehe. Logo eu descubro o truque! Mas que é libertador fazer e comer um hambúrguer delicioso e livre de morte, com certeza é!
            Fora os hambúrgueres, esta semana comi tomate recheado, shimeji com purê de batata (delícia!), batata recheada, raviolli de queijo ao molho branco, tapioca com queijo branco, espaguete ao sugo, e bastante alface, o que não comia fazia tempo. Agora estou louca para testar uma receita de kafta com proteína texturizada de soja. Nham.

           As pessoas têm enorme dificuldade em conceber o quão libertador é, pra mim, parar de comer carne. “Mas como restringir sua alimentação pode ser libertador?” Então, eu não estou fazendo uma dieta, ou algum tipo de greve alimentícia, eu simplesmente assumi pra mim mesma o quanto eu NÃO quero comer animais mortos. Caiu minha ficha, de repente tudo fez sentido, e continuar a comer carne por mera convenção e comodismo é o que seria limitador (e dor) para mim. Essa clareza me libertou, e é um sentimento que não consigo explicar.
           E ao mesmo tempo, por eu já ter tido uma epifania semelhante na adolescência, é libertador no sentido de eu estar enfrentando meu conformismo e vivendo de acordo com meus valores (e amores). Sabe quando você precisa fazer algo muito, muito importante, mas a preguiça é maior, e você empurra com a barriga pra sempre? Então, com a epifania matei essa preguiça, e tive motivação pra me organizar de forma que a carne não faça falta. E quando falo "faça falta", me refiro somente a níveis nutricionais, pois com a epifania, meu apetite por carcaças sumiu. Não preciso de muito, é só pensar um pouco sobre a origem do que vou comer que já fica muito fácil não comer corpinhos de bichinhos.

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