sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Qual o valor da vida para você?

         Sem dúvidas, chegou a hora de mudar.
         Tenho que viver de acordo com meus valores, caso contrário estarei morrendo todos os dias. Viver morrendo não é para mim. Eu gosto é de viver vivendo, e vivendo muito!
         A conveniência e o conformismo parecem cômodos, mas a longo prazo nos corroem. É muito fácil ceder e aceitar o que vem fácil, e é difícil se reabituar, se reensinar, e se readaptar. Não é fácil negar os costumes, muito menos os prazeres. Mas é essencial colocar a mão na consciência e se perguntar qual o custo deles. Qual o custo? Não só para seu bolso ou sua saúde, mas para o mundo. Não só para o mundo, mas para os indivíduos.
        Para você, aquele hambúrguer é uma delícia, mas ele vem recheado de dor, morte e egoísmo. Dor, morte e egoísmo. Aquele hambúrguer, como se não bastasse ser um animal morto, é um animal morto que teve uma vida miserável, sofreu cada minuto de sua existência, viveu preso, sapateando na própria bosta, entuxado de remédios e antibióticos. Ignoraram suas necessidades, o transformaram num objeto sem emoções. Mas uma vaca não é um objeto. A vaca, o boi, a galinha, o galo, o porco, a porca, eles são animais. São seres vivos que tem emoções. São seres vivos que sentem dor.
         Amor seletivo é complicado. Você morre de amores pelos cachorrinhos abandonados, sofrendo na rua, mas chega em casa e come aquele bifão? E sua consideração pelo bicho que viveu e morreu para você comer? E seu amor, onde foi parar? Eu cansei de ser hipócrita, cansei de dizer que amo a vida, amo a natureza, amo os bichos e continuar me alimentando dos pobres animais. Viver de corpos mortos não é amor. É pura dor.
         Vou sofrer para reeducar minha alimentação? Vou. Mas com certeza vou sofrer menos que todos os animais que já sofreram para estar no meu prato. Vai ser difícil? Vai. Mas viver é difícil. E como tudo na vida, com o tempo fica mais fácil. O importante é que, estando de acordo com minha consciência, eu sei que viverei melhor e com mais leveza. A dificuldade inicial, além de passageira, é supérflua.
          A carne não mais me alimenta. O amor me alimenta, e não a dor. A vida me alimenta, a natureza. Não a morte alheia, nem a tortura ou o sofrimento. E não são só emoções que me fazem ter esta escolha, a razão tem grande papel nesta decisão. Pela minha saúde e pelo mundo!

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